CPRM conclui amostragem do projeto Piatã, na Bahia, em parceria com chineses

Por Conexão Mineral 29/03/2019 - 09:32 hs
Foto: CPRM
CPRM conclui amostragem do projeto Piatã, na Bahia, em parceria com chineses
A equipe utilizou tablets para auxiliar na localização das estações

Após quatro anos de atividades de campo e laboratoriais, foi finalizada a fase de amostragem do projeto Mapeamento Geoquímico da Folha Piatã, localizada na Bahia, conforme previsto no acordo de cooperação “Avaliação Geológica e Metalogenética Regional dos Principais Depósitos de Formações Ferríferas Bandadas no Cráton São Francisco e Cinturões Proterozoicos Marginais Orientais, Brasil”, que faz parte do convênio com o Serviço Geológico da China (SGC). O contrato foi executado pelas equipes de geoquímicos e técnicos brasileiros e chineses, sob a coordenação da geóloga Caroline Couto Santos, da Divisão de Geoquímica (DIGEOQ) da CPRM.

“Observamos que o método de trabalho apresenta características bastante diversas dos levantamentos realizados pela CPRM, a exemplo da maior densidade de amostragem. Foram coletadas amostras de sedimento de corrente e solo em cerca de 2.900 estações ao longo de quatro anos”, relatou Caroline Santos. Ela explicou ainda que foram realizadas quatro campanhas de campo, uma por ano, com 30 dias de duração cada uma delas, além de atividades complementares em laboratório para que os objetivos fossem alcançados. O projeto teve como cidades sede, Piatã e Rio de Contas, onde foram adequados espaços para a preparação das amostras coletadas em campo e separação das frações amostrais para os serviços geológicos brasileiro e chinês.

Na avaliação do chefe da DIGEOQ, Cassiano Costa e Castro, o acordo de cooperação com o Serviço Geológico da China representa um avanço para a CPRM. “O projeto está sendo uma oportunidade única de integração dos profissionais da empresa que trabalham com levantamento geoquímico, permitindo conhecer o potencial técnico de cada unidade e estabelecendo uma nova proposta de trabalho para formações de equipes para os demais projetos da empresa”, avaliou. 

As atividades de campo ocorreram sempre de segunda a sábado e, após a jornada de campo, eram realizadas reuniões diárias para determinação das próximas áreas a serem amostradas, para o controle da amostragem e preparação do material coletado. Outro ponto relevante neste projeto foi a utilização de tablets com aplicativos para auxiliar na localização das estações, além do preenchimento das fichas de campo diretamente no aplicativo Survey (ESRI).

Aos sábados eram programadas apresentações por pesquisadores dos dois países, destacando-se as apresentações dos pesquisadores Cassiano Castro (CPRM) e Guangua Cheng (CGS) sobre a estrutura das duas instituições, além de visitas a alguns afloramentos característicos da geologia local. A região em que o projeto foi desenvolvido possui relevo bastante acidentado e com raros acessos, os profissionais precisaram realizar exaustivas caminhadas diárias, com média de 12 km, entre vegetação densa e espinhosa para concluir as tarefas. Outro desafio enfrentado foi o cuidado com a logística das atividades de campo para atender em média 25 profissionais, o que exigiu atenção dos pesquisadores.